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Julho Amarelo: sintomas, prevenção e tratamento contra hepatites virais

Julho é o mês de conscientização sobre as hepatites virais, também conhecido como “Julho Amarelo”. A campanha foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802 no ano de 2019 e é celebrada no dia 28 de julho, com a intenção de conscientizar a sociedade sobre os cuidados da população com relação às hepatites virais, que podem evoluir para quadros severos de cirrose hepática e câncer no fígado. 

 

Características

A hepatite é caracteriza por inflamações na região do fígado e pode ser causada por infecções virais ou pelo uso descontrolado de medicamentos, álcool e outras drogas, além de ter origens autoimunes, metabólicas e genéticas. As hepatites são, na maioria dos casos, doenças silenciosas, que demoram para se manifestar e são classificadas por letras do alfabeto: A, B, C, D (Delta) e E.

Os exames para diagnóstico das hepatites estão disponíveis nas Unidades de Saúde e o tratamento é fornecido pelo Sistema Único de Saúde. O exame de sangue é usado para diagnóstico das hepatites A, D e E, enquanto as hepatites B e C podem ser diagnosticadas por testes rápidos, disponíveis nos postos públicos. O diagnóstico para a Hepatite B pode acontecer também durante os exames pré-natais.

 

Formas de transmissão

A fim de evitar a propagação da doença, é recomendável que população recorra a imunização, use preservativos nas relações sexuais, não compartilhe objetos de higiene individual e busque estúdios de tatuagem e body piercing em locais em acordo com as normas estipuladas pela Vigilância Sanitária. Nesses serviços, é necessário um procedimento cuidadoso de esterilização para o uso contínuo de agulhas para pigmentação em vários clientes. 

As hepatites A e E tem como principal meio de transmissão o contato fecal-oral e acontece principalmente em locais com infraestrutura sanitária frágil. A infecção pode ocorrer:

- Através do consumo de água e alimentos de procedência desconhecida, não vistoriados pela Vigilância sanitária

- Contatos sexuais, principalmente quando envolvem a o uso da região do reto e ânus

- Consumo de carnes mal cozidas e armazenadas em locais não seguros

A infectologista Cristiana Meirelles, coordenadora de medicina da healthtech Beep Saúde, atenta para as especificidades dos casos de Hepatite A que normalmente são curados de forma espontânea. “A Hepatite A é caracterizada por ser aguda, porém não há nenhuma medicação específica para o tratamento. Em apenas raras ocasiões ela pode evoluir para uma hepatite fulminante. As pessoas normalmente ficam assintomáticas ou tem enfermidades inespecíficas como dor abdominal, náuseas e um pouco de vómito”, conta a doutora. 

Para as hepatites B, C e D as formas de transmissão podem ocorrer das seguintes maneiras:

- Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfurocortantes. 

-  Relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada pelos vírus das Hepatites B e D;

- Transmissão vertical durante a gravidez e o parto. Em relação à amamentação, a transmissão pode ocorrer caso ocorram fissuras nos mamilos. Essa situação pode ser evitada com ações de profilaxia, como a vacinação do recém-nascido;

- Por meio de transfusão de sangue. Tipo de transmissão muito comum no passado, atualmente considerada rara devido ao aperfeiçoamento dos serviços de doação e transfusão de sangue.

 

Prevenção

O infectologista e professor da Unigranrio, Fernando Chapermann, alerta para a necessidade de imunização coletiva para conter a dispersão das doenças no país. “A principal medida de prevenção das hepatites é a vacinação, tanto para hepatite A, B e D. Para Hepatite C, não há uma vacina disponível atualmente e o seu controle depende da adoção de práticas de segurança como evitar o compartilhamento de seringas, utilizar preservativos e usar materiais esterilizados”. 

De acordo com o profissional, a promoção de uma cobertura vacinal eficaz teria impacto direto na redução dos custos hospitalares e dos tratamentos ambulatoriais do setor público. “Em países com coberturas completas, se observa uma diminuição substancial dos casos de câncer do fígado, bem como no custo do tratamento das doenças crônicas hepáticas, como a cirrose, que muitas vezes demanda o transplante hepático”, ressalta o médico. 

A Beep Saúde é líder em vacinação domiciliar, e oferece o imunizante para as variantes A e B da Hepatite. A vacinação contra a hepatite B também protege das infecções da hepatite D, já que estão associadas a presença de um mesmo vírus. A healthtech também oferece exames de sangue para obtenção do diagnóstico, e ainda possui o projeto “Casa Beep”, que tem o objetivo de, em parceria com diversas empresas, aumentar o raio de imunização da população, em uma ação corporativa.

“Importante é se vacinar, seja no posto de saúde, seja chamando a Beep para atender em casa, seja em uma ação desenvolvida pela sua empresa. Quanto mais pessoas forem imunizadas, menor será o contágio. Vimos isso acontecer com a Covid na pandemia, e com outras doenças não é diferente”, reforçou Cristiana Meirelles. 

De acordo com Fernando, as iniciativas privadas têm papel significativo para o maior engajamento social nas imunizações. “As empresas são mais dinâmicas, possuem mais capilaridade, mais integração com a população, tanto com os jovens, quanto com a população economicamente ativa. Elas conseguem difundir as ideias complexas de forma acessível e passam confiança sem que pareça uma obrigação ou um dever. Muitas vezes os governos e os representantes do Estado não conseguem se comunicar com a população por serem muito científicos e pouco carismáticos”, compartilha. 

O aumento das coberturas vacinais são uma maneira mais eficaz de controlar a expansão do vírus no território nacional. O Julho Amarelo relembra a importância de reforçar as estratégias integradas de monitoramento para erradicar as hepatites até 2030, meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e adotada pelo Brasil no ano de 2016. “A cor amarela foi escolhida para fazer uma alusão a Icterícia, que é caracterizada pela pele amarelada nos casos de hepatite aguda, principalmente. O mês comemorativo reforça a necessidade nacional de reforçar a cobertura vacinal, que continua aquém do estabelecido pela OMS”, conta Cristiana.

Para alcançar a meta da OMS, é preciso diagnosticar 90% dos portadores das hepatites virais e tratar 80% dos portadores da hepatite C, além de reduzir 65% da mortalidade. “Estimular a população a aceitar vacinação é um desafio diário. Ainda há muita desinformação. São vacinas consagradas, obrigatórias, necessárias e sem risco à população. Já foram amplamente testadas, e a segurança é total. É imprescindível mostrar a importância da vacinação na redução da incidência de doenças graves e o principal: mostrar que sempre é melhor prevenir do que remediar”, finaliza Fernando. 

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